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Degraus de Saber

Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil - Baião

Degraus de Saber

Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil - Baião

Os países do Terceiro Mundo

BibliotecaH, 31.05.09

Mais um trabalho do 9º C, neste caso da Rafaela, sobre o Terceiro Mundo, realizado no âmbito da disciplina de História.

 

"Nos países do Terceiro Mundo verificam-se diversos problemas, principalmente a fome e a guerra.

 
A fome, causada pela agricultura pouco produtiva, é um enorme problema que provoca muitas mortes, principalmente nas crianças. Estas são vítimas de subnutrição e de miséria, devido às más condições de habitação (falta de água potável, electricidade e saneamento), o que leva ao aparecimento de inúmeras doenças.
 
A guerra está muito presente nas vidas das pessoas que vivem nestes países. As crianças são obrigadas a matar desde muito cedo, o que as leva a terem de crescer cedo de mais.
 
Nestes países também existem outros problemas muito graves para a sociedade, a indústria débil (fraca), o fraco rendimento e os acentuados contrastes económicos e sociais (uma pequena parte da população tem tudo e vive bem e a restante população não tem nada e vive na miséria) e o elevado número de analfabetos, devido à mentalidade das pessoas, que pensam que pensam que os filhos servem apenas para trabalhar e sustentar a família. Os pais acreditam que os filhos devem viver uma vida tão dura como eles viveram e não se preocupam nem com a felicidade, nem com o futuro dos filhos.

O maior problema da população destes países é a mentalidade das pessoas. Enquanto a mentalidade destas pessoas não mudar, também não vai ser possível criar melhores condições de vida."

Encontro com… Ana Saldanha

BibliotecaH, 19.05.09

 

No passado dia 11 de Maio, a escritora Ana Saldanha veio à nossa escola falar sobre os seus livros. Foram realizadas três sessões, a primeira e segunda dirigidas a uma plateia de alunos do 5.º e 6.º anos, a terceira para alunos do 7.º ano, onde esteve, também presente, uma turma do 4.º ano. O encontro começou com uma música cantada e tocada pelos alunos do 12.º C, contra a não discriminação. De seguida, os alunos do 5.ºA e 5.ºD apresentaram um powerpoint, resultado de um trabalho de pesquisa sobre a vida e obra da autora e sobre as leituras e opiniões dos alunos sobre as obras lidas.
 
Foi numa linguagem muito coloquial, sem constrangimentos, e num registo apelativo, vivo e espontâneo que a escritora respondeu às muitas perguntas colocadas pelos alunos. Ficámos a saber que, para escrever “ Uma questão de cor”, a escritora se inspirou na biografia de Nelson Mandela, conhecido activista do movimento anti-apartheid. Na opinião da escritora, o racismo é ainda um tema muito presente na sociedade portuguesa, ainda que apresente formas muito subtis.
 
Um dos seus autores favoritos é John Maxwell Coetzee, escritor sul-africano, Prémio Nobel da Literatura em 2003, admirado pelo seu estilo fenomenal.
 
«Mais ou menos meio metro/É quanto mede por fim./Por pouco tempo, é certo…/Diz-me lá então a mim/Qual é a coisa, qual é ela?». Este texto, em forma de adivinha, foi o desafio lançado aos alunos. O Ruben, o Nelson e a Cátia foram os alunos que descobriram a solução para esta adivinha.
 
A escritora levantou um pouco o véu sobre a história do seu próximo livro “Para maiores de 16” que brevemente estará à venda, onde retomará uma das suas personagens: a Dulce.
 
O valor literário das obras de Ana Saldanha reside, não apenas nos valores estéticos e sociais, mas também na possibilidade que dá aos leitores mais pequenos, e não só, de sugerir e criar várias leituras e vários olhares sobre o mundo, fundamentais para alargar horizontes e questionar a realidade. Sem procurar ser tendenciosamente moralista, a propósito de “Um espelho só meu”, a escritora referiu que todos nós devemos ser o espelho dos outros. Em primeiro lugar, devemos comportar-nos para agradar a nós próprios e, só depois, fazer cedências para agradar aos outros.
 
Respondendo à questão do que representavam para si os prémios que recebeu, Ana Saldanha disse que o 1.º Prémio, Menção honrosa do Prémio Adolfo Simões Müller com a obra “Três semanas com a avó“, abriu-lhe o caminho para o mundo da escrita, o 2.º, Prémio Cidade de Almada 1994 com o romance “Círculo imperfeito”, confirmou que era possível ter uma carreira literária. Mas, um prémio bom para si, é pensar que há pessoas que estão a ler o seu livro.
 
Mas, o momento alto da sessão aconteceu, quando a escritora leu um excerto de “Escrito na parede “, onde se faz a apologia do respeito pelas diferenças, através de uma discussão na aula de Português, com a famosa “pronúncia tripeira”, imprimindo grande vivacidade à leitura, num registo coloquial, apelativo, repleto de expressões comuns e de um vocabulário familiar.
 
Ana Saldanha é inovadora, não apenas pelas temáticas que aborda, mas também pela maneira como o faz. À expressividade dos diálogos e das cenas, junta-se o cómico que surpreende o leitor pelo inesperado da situação como em “Dentro de mim”, em que Carla tenta confessar o que a preocupa, mas ninguém parece querer ouvi-la ou compreender o que diz: que sente enjoos de manhã ou que tem um atraso. Nem o namorado parece entender : “- Um atraso? Recuperas. Estudas e já está!”
 
A obra “O Romance de Rita R” escreveu-a por ocasião da sua vinda a Portugal, quando vivia em Inglaterra. E, usou com os alunos o mesmo jogo de intenções com que seduz o leitor na referida obra, que começa a sua leitura condicionado pela nota prévia da autora que afirma ter encontrado o registo de Rita num computador que comprou. «Tenho a esperança de um dia vir a conhecer pessoalmente a Rita R. e pôr-lhe nas mãos o romance que ela desesperou de escrever.» No final, acabou por convencer os alunos que era uma história de ficção, contada pela sua protagonista, e que o rapaz desdentado que aparece numa das fotografias do livro é o seu sobrinho Zé Manel e o cão a ver televisão é a sua cadela Lili.
 
Na obra “Nem pato nem cisne”, da colecção Era uma vez…outra vez, emboraretomando o conto “O Patinho feio“, encontramos muito das suas próprias vivências uma vez que, como disse, se baseou em pessoas que conhece para criar as suas personagens. Eugénio é um menino que apresenta características comuns com o Patinho Feio, branquinho, ruivo que se distingue das duas irmãs. O facto de ser trapalhão faz com que seja, muitas vezes, repreendido pelos seus familiares, no entanto, é um menino muito sensível e tímido. A viagem que faz à Irlanda é decisiva para a sua mudança a nível físico e para o seu crescimento psicológico, pois perante uma situação de perigo, ele mostra a sua coragem e determinação.
 
A autora leu também um excerto de “A princesa e o sapo” e traçou os contornos desta bela história em que o egoísmo e a arrogância de Diana contrastam com a humildade de Afonso, para quem ela continuava a ser a sua encantadora princesa.
 
Em jeito de resposta a mais algumas perguntas, a escritora referiu que começou a escrever porque lia muito. A leitura constituía para si uma agradável experiência, por isso, o seu desejo era o de, um dia, poder provocar nos outros, a mesma sensação que os escritores lhe provocavam a ela.
 
Sobre a obra bilingue “O Sam e o Som“, a escritora disse tratar-se de uma história verdadeira e chamou a atenção para as ilustrações, da autoria de Gémeo Luís que recorre à técnica de recorte em papel Kraft.
 
Na plateia, a assistir à sessão da parte da tarde, um convidado muito especial: o professor, mas também escritor, António Mota que acompanhou a sua turma do 4.º ano. Foi, naturalmente, um privilégio juntar, num só espaço, num só momento, dois escritores de elevado mérito literário.
 
No final de cada uma das sessões, a escritora Ana Saldanha autografou livros e trocou ideias com os alunos. Por sua vez, a escola ofereceu à escritora uma bengala trabalhada, de Gestaçô, um objecto de reconhecido valor artesanal em que é usada a técnica da dobragem, cuja origem remonta a finais do séc. XIX.
 
A simpatia e o poder de comunicação da escritora cativaram os nossos alunos que expressaram, em pequenas frases, o que representou para eles o encontro com …Ana Saldanha: a Flávia, a Anabela e a Cláudia do 7ºC acharam-na “ …uma autora muito interessante e com ideias inovadoras”, os seus livros “ são muito interessantes, divertidos e com muita imaginação”(Ana Catarina, 7ºC). Para a Lúcia (7º B), “ A sua maneira de ser impressionou-me bastante, pois não pensei que fosse tão fantástica”, o Hélio (7ºB) referiu que “gostava que viesse mais vezes a Baião”. Para os alunos, esta actividade constituiu, não só uma oportunidade de “conhecer melhor a autora e os seus livros” mas também porque “…fiquei a gostar mais dos livros porque ela tem uma maneira engraçada de explicar o que escreve, criando gosto pela leitura” (Ana Isabel, 7.ºB). Alguns ficaram curiosos “O que mais me intrigou, foi não ter descoberto o seu segundo nome”. O António do 5.ºD disse que “estava ansioso pois foi a primeira vez que estive com uma escritora.”. A Maria João (5.ºD) nunca mais se vai esquecer desta experiência pois “ela até se sentou ao pé de mim!” Sobre as leituras dos alunos apresentadas no trabalho do 5.º A e D, a Teresa considera “que é bom recordar as coisas que fazemos.” “Por fim, os autógrafos! Fizemos uma grande fila bem organizada com os nossos livros na mão e saímos” (Duarte, 5.ºD). “Eu gostei muito desta experiência, porque esteve lá a minha escritora preferida, a Ana Saldanha”( Nuno, 5.º D).
 
 (Artigo elaborado pela prof. Ana Maria)
 

 

O Terceiro Mundo

BibliotecaH, 18.05.09

Mais um trabalho dos alunos do 9º ano sobre o Terceiro Mundo...

 

 

"Quando os contrastes económicos são elevados as suas consequências são a divisão, a escolha dos melhores aos olhos da humanidade e a desvalorização dos direitos do povo inferior.

 

Terceiro Mundo é um conceito que até hoje, e cada vez mais, permanece no nosso quotidiano. Este nome transmite-nos de imediato algumas ideias negativas: pobreza, miséria, habitações precárias, falta de bens-materiais, escassez ou inexistência de água e electricidade.
 
Há uma sensível “pena” para com esse povo, no entanto ninguém consegue revoltar-se e lutar para atingir um, e o mais nobre, objectivo de sempre: integração num mundo melhor. Há realmente organizações que se esforçam diariamente para fazerem chegar ao Terceiro Mundo uma melhoria de vida, mas nem sempre este esforço é bem sucedido. Refiro portanto aos desvios do resultado deste esforço, pelos “rebeldes.
 
Estas ambições, estes egoísmos levam a uma queda enorme de ajuda mútua, cooperação entre este povo inferior que, consequentemente, aos seus olhos só vêem a vingança, aumentando assim o número de “rebeldes”.
 
Nem a informação que nos chega, nem o quão as pessoas são sensibilizadas com imagens deste povo, são capazes de tocar no seu interior e permitir que avancem e façam sorrir o sofrimento, a angústia e o desespero destes.
 
Contudo, ainda conseguem sorrir para a vida de uma maneira impensável para nos que só sorrimos quando temos computador, telemóvel, mp3, etc. E nem da comida e de uma casa nos lembramos. “Na simplicidade constroem a própria felicidade, que porém é infeliz”. (Joana Oliveira, 9º A, nº13)
 
(Imagem disponível na Internet)

Dia Internacional da Família

BibliotecaH, 15.05.09

Em 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 15 de Maio como sendo o dia Internacional da Família. É uma data que nos permite reflectir sobre os problemas que afectam as famílias actuais.

 

Os nossos alunos também não ficaram indiferentes ao acontecimento. A Maria João, a Ana Rita e o Nuno Santos, do 5ºD, quiseram deixar um convite à sua família para fazerem algumas leituras com eles. Vejamos o que eles nos têm para dizer.

 

"Sabendo que hoje é o dia Mundial da Família, queremos convidar os nossos pais a lerem o livro "Escrito na Parede", de Ana Saldanha, pois sabemos que o livro é muito giro. Não querem ler o livro connosco?" (Maria João e Ana Rita)

 

"Exmos. pais, convidamo-los a ler o livro "Romeu e as Rosas de Gelo". Vamos apresentar um excerto deste livro: 'Um dia de calor, Mariana esqueceu-se das recomendações do seu pai. Pegou na tesoura da poda. De repente...'. Misterioso, não é? Não vos apetece ler?" (Nuno)

 

 

 

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