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Degraus de Saber

Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil - Baião

Degraus de Saber

Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil - Baião

Um grande bem-haja à Câmara Municipal de Vila Viçosa

BibliotecaH, 19.02.07
No presente ano lectivo, temos vindo a fazer um esforço no sentido de actualizar e reforçar o fundo documental da nossa Biblioteca. Assim, lançamos o projecto "Um Museu, um Parceiro", solicitando o apoio de Museus e Câmaras Municipais. Felizmente, alguns (ainda poucos!) dos nossos e-mails e cartas receberam resposta e o material livro e não livro tem chegado à nossa Escola, ajudando-nos na necessária renovação da Biblioteca.

Neste momento, desejamos expressar o nosso bem-haja à Câmara Municipal de Vila Viçosa pela oferta de diversas publicações.

  • Da Antologia de Poesia Popular Tradicional Alentejana (II Série dos Cadernos Culturais da CMVV, nº 2) ficam-nos as seguintes quadras:
'Inda bem que agora te acho,
'Inda bem que já te achê;
Tenho andado à tua cata
Agora é que te encontrê.
Cantas bem, não cantas mal,
Podias cantar pior;
Para a fama que te deitam
Tenho ouvisto obra melhor
Se eu soubesse padre-nossos,
Como sei cantar cantigas
Andava pelas igrejas
Rezando pelas raparigas.

Anda cá minha ribá,
Bâmu Z a fazê û contratu:
Ê fícu cõ a pêçoa,
Tu ficah cõ u rêtratu.(1) - Reprodução da fonética original, conforme transcrição feita pelo prof. Manuel Joaquim Delgado, Em Subsídio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo.

(1) Anda cá minha rival,
Vamos a fazer um contrato:
Eu fico com a pessoa
Tu ficas com o retrato.

  • Forais de Vila Viçosa, coord. de Manuel Inácio Pestana.
Sabias que Vila Viçosa teve reformado o seu foral antigo no ano de 1512?
  • Cantigas que ensinei, de Manuel Joaquim Maurício.
O Ti Manel Maurício, apesar de não saber ler nem escrever, era um poeta. Cá vai uma quadra dele:

"Eu trabalho noite e dia
À chuva e ao calor
Há tanta ideia perdida
Não há quem lhe dê valor."

  • O romance Tango Triste, de Luísa Monteiro, que recebeu o Prémio Florbela Espanca Ficção/1999.
Deixamos só um aperitivo deste livro... "Eu não sei como é que se começa um diário. Nem sei muito bem para que é que os diários servem..."

  • Adivinhação do Azul, de José Jorge Letria, que foi Prémio de Poesia Florbela Espanca em 1984.
E cá vai o poema Propriedades do silêncio...
"O desabafo tem no papel
as propriedades singulares do silêncio:
é inaudível e branco,
exige uma quietude exasperante
como se pretendesse abafar
com mágico engenho
e sapiência antiga
o que é só desabafo."

  • Henrique Pousão (1859-1884), um livro lançado aquando do 1º Centenário da morte deste pintor.
  • Regresso do Orfeu, de Orlando Neves, Prémio Florbela Espanca 1988 - Poesia.
  • Sonetos de José Emídio Amaro
  • Movimento Demográfico da Matriz de Vila Viçosa nos séculos XVI e XVII, de Manuel Inácio Pestana.
  • Poetas de Vila Viçosa - Primeira Colectânea.
Neste livro faz-se um levantamento dos poetas nascidos em Vila Viçosa. Salientamos um excerto do poema Palhaços, de Leolinda Trindade:


"A nossa vida é feita de pedaços
ligados uns aos outros sem medida,
andamos a chorar de face erguida,
e mostramos sorrisos de palhaços."


  • Finalmente, os números 1, 2, 5/6, 7/8, 9, 10/11, 12, 13 e 14 da revista Callipole.
É uma revista de cultura que se encontra organizada de uma forma interessante, abrangendo artigos que nos remetem para o Tempo de História; Tempo de Artes & Letras; Tempo de Fotografia; Tempo de Poesia; Tempo de Ciência, Indústria e Tecnologia; Tempo Vário. Se quiserem saber informações, por exemplo, sobre As pestes quinhentistas em Vila Viçosa (Maria Marta Lobo de Araújo) ou Doenças endémicas na zona alentejana (José Marques) basta consultarem o nº 14, de 2006.


http://saial.info/index.php?option=com_content&task=section&id=12&Itemid=35


(imagens retiradas de http://kynas.blogs.sapo.pt/arquivo/obrigado_pateta.gif, http://www.nollizua.com/gifs/gifs_animaux_divers1.htm, http://www.mcb.pt/pousao/pousao%20casas%20brancas.htm, http://bonecosanimados.blogs.sapo.pt/arquivo/palhaco22.gif)

Torneio ISEC de Língua Portuguesa

BibliotecaH, 16.02.07

O ISEC está a organizar um torneio de Língua Portuguesa.

Este concurso anual está aberto à participação dos alunos do 4º ano do ensino básico e do 12º ano do ensino secundário.

Se quiseres obter mais informações sobre este assunto, consulta http://www.universitas.pt/fotos/noticias/REGULAMENTO_+_BOLETIM_INSCRICAO.pdf


Imagem retirada de http://www.libreriaespanola.com.br/images/livros.jpg

Blog "Língua à Portuguesa"

BibliotecaH, 16.02.07
Um comentário deixado por nós ao post do Dia dos Namorados fez-nos conhecer o blog "Língua à Portuguesa", realizado por alguns (algumas?) docentes de Língua Portuguesa do ISEC - Instituto Superior de Educação e Ciências (Lisboa). E, claro, com os ingredientes utilizados, "muitos erros, bastantes dúvidas e uma mão-cheia de reflexões", juntando os "esclarecimentos, correcções e sugestões em quantidade generosa", ainda para mais "salpicado com bom humor", só podíamos ficar fãs deste blog. Assim, porque também "queremos partilhar a (...) [vossa] maneira de saborear a língua" convidamos todos os amantes do idioma a darem um saltinho até 

http://www.linguamodadoisec.blogspot.com.



Já agora, escreve-se...

Shampoo ou champô?








Imagem retirada de http://resenhas.com/comum/mascote_a01.gif

O amor anda no ar

BibliotecaH, 16.02.07
Das quadras de amor escritas pelas turmas do 11º C, 11º D e CEF A3 seleccionamos a seguinte:

Cada momento contigo é um sonho
Cada sorriso, uma vitória conseguida.
Amar e ser amada é uma sorte
Que quero ter toda a vida.

(Susana Amorim, 11º D -nº 19)


Parabéns Susana! Continua.



Imagem retirada de http://otestedostestes.blogs.sapo.pt/arquivo/960537.html

14 de Fevereiro... Dia dos Namorados

BibliotecaH, 13.02.07

O dia de S. Valentim

A origem do dia de S. Valentim está envolta em mistério, pois são variadas as lendas em seu redor. Há dois santos reconhecidos com o nome de Valentim, ou Valentinus, ambos mártires. . De entre as várias lendas, salienta-se uma que parece ser a que reúne maior consenso quanto à sua veracidade.

 Havia um padre que viveu em Roma, no século III da Era Cristã chamado Valentim. Nessa altura, o Imperador Cláudio II enfrentava grandes dificuldades na recruta de novos soldados para as suas legiões e acreditava que os melhores soldados eram os solteiros. Então, resolveu cancelar todos os noivados e proibir todos os casamentos em Roma. Valentim, que considerava essa medida uma injustiça, continuou a celebrar clandestinamente casamentos de jovens. Quando soube das acções do padre, Cláudio ordenou a sua execução.

 

Na Idade Média, em França e em Inglaterra, S. Valentim era um dos santos mais importantes. Assim, no dia 14 de Fevereiro, os jovens sorteavam os nomes dos seus pares e os papéis com os nomes eram cosidos nas mangas durante uma semana. Usar um coração na manga da camisola era sinónimo de que a pessoa estava apaixonada, ou seja, "in love".

O cartão mais antigo  que chegou até ao presente é já do século XV, de um jovem duque que estava preso em Londres e terá enviado vários poemas e bilhetes de amor à sua mulher, que estava em França.

A origem do Dia dos Namorados

Como muitas outras datas comemorativas católicas, a origem do dia está na Roma Antiga, nas festas anuais em honra do deus Luperco (protector dos rebanhos e pastores e que correspondia ao deus grego Pã) e Juno (deusa do amor), que aconteciam em meados de Fevereiro. 

No século V, estas comemorações foram incorporadas às tradições cristãs e celebradas no dia 14 de Fevereiro, em memória de São Valentim, um padre romano morto dois séculos antes. No século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como o dia da união dos namorados.

Actualmente, na Europa e na América do Norte, comemoramos o Dia dos Namorados a 14 de Fevereiro. Mas não é assim noutros locais. Assim, por exemplo  no  Brasil, essa comemoração acontece no dia 12 de Junho, nas vésperas do dia de Santo António, o famoso santo casamenteiro.

Os Lenços dos Namorados

São diferentes os costumes conforme os locais onde se passa o dia. Tipicamente portuguesa, a tradição dos “lenços dos namorados” ou “lenços de pedidos” remonta aos séculos XVII e XVIII, existindo por todo o País, sobretudo nas regiões do Minho, Beiras, Alentejo e Açores. Terão origem nos lenços que as meninas da nobreza, em idade casadoira, bordavam, a ponto de cruz, com dizeres de amor e brasões de família, em tons de vermelho e preto, muitas vezes com lantejoulas. Na hora do baile, com o lenço enfiado no cós do vestido, a rapariga deixava que o rapaz de quem gostava apanhasse o lenço e o usasse atado ao pescoço, em sinal de amor correspondido.

Mais tarde, em meados do século XIX , as mulheres do povo passaram a adoptar o lenço, bordando-o a seu gosto, em linho ou algodão, com forma quadrada e cores variadas. Assim, a moça, quando estava próxima da idade de casar, confeccionava o seu lenço bordado. Depois, o lenço ia ter às mãos do "namorado" ou "conversado". Então, se este o usasse por cima do casaco domingueiro, colocado ao pescoço, com o nó para a frente, era sinal de início do namoro. Em caso de amor não correspondido, o lenço seria devolvido à rapariga.

A temática nestes lenços é muito variada, embora sempre relacionada com o amor, e vai desde a representação de símbolos religiosos ligados ao acto do casamento (cruz, custódia, cibório), a testemunhos de acontecimentos marcantes em determinadas épocas, como a emigração para o Brasil ou a tropa, sendo também comum verem-se nalguns lenços cestas, cântaros e pipas bordadas numa alusão às vindimas e outros trabalhos agrícolas. As raparigas também bordavam quadras, uma data, um nome, ou outros dizeres amorosos, como a palavra amor, trocando, muitas vezes, os "vês" pelos "bês". Aliás, os lenços dos namorados ficam conhecidos exactamente pelos seus erros, demonstrando a baixa escolaridade das mulheres do campo e que, por tradição, ainda se reproduzem.

Vejamos alguns desses versos que encantam pela força com que afirmam os sentimentos da rapariga:

Bai lenço da minha mão
Bai currer a freguesia
Bai dar em formações
Da minha sabeduria

Curação por curação
Amor num troques o meu
Olha que o meu curação
Sempre foi lial ó teu
 
Meu Manel bai pró Brazil
Eu tamem bou no bapor
Gardado no coração
Daquele qué meu amor




Feliz Dia dos Namorados!
Imagens retiradas de http://www.nollizua.com/gifs/gifs_stvalentin1.htm,
http://members.home.nl/textile-collection/weblog/Portugees%20zakdoekje.jpg, http://www.cochems.com/clip_art/valenart.html, http://www.sms-email.net/cartoline-amore/cart/images/Amore/luna.jpg, http://www.sms-email.net/cartoline-amore/cart/images/Amore/cuore-mangia.gif

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